O NotebookLM do Google surgiu como uma aposta promissora para aplicar IA ao estudo e à organização de informações. A ferramenta chama atenção por permitir que o usuário defina suas próprias fontes e gere conteúdos personalizados — além de transformar textos em resumos falados no estilo de podcast —, mas ainda está longe de ser perfeita. Eis os principais pontos que precisam ser corrigidos para que o NotebookLM se torne realmente indispensável no dia a dia.
1. Visualização limitada das fontes
A apresentação dos documentos dentro do NotebookLM é bastante básica. O espaço de leitura é pequeno e o texto costuma aparecer sem formatação, o que dificulta a assimilação de conteúdos mais densos. PDFs enviados diretamente perdem imagens e parte da estrutura, tornando a consulta menos prática. Em vez de facilitar a imersão, essa limitação faz muitos usuários preferirem abrir os arquivos originais fora da plataforma.
2. Vídeos pouco responsivos aos prompts
Os vídeos gerados ou usados pela ferramenta são interessantes, mas frequentemente não atendem a pedidos específicos. Mesmo quando há fontes disponíveis, o conteúdo final tende a ser genérico e pouco aprofundado nos pontos solicitados. Isso reduz bastante o valor do NotebookLM para quem busca explicações personalizadas e adaptadas às suas necessidades.
3. Citações de vídeos sem timestamps
Outro problema recorrente é a falta de marcação temporal nas citações de vídeos. Enquanto o sistema costuma citar bem textos, quando lida com vídeos as referências aparecem sem timestamps e, em alguns casos, o transcript inteiro é destacado. Na prática, isso dificulta localizar o trecho exato que serviu de base, comprometendo a confiabilidade da ferramenta.
4. App Android ainda fraco
Na versão móvel, o NotebookLM perde funcionalidades importantes. O app para Android não sincroniza todos os conteúdos criados no desktop — como mapas mentais e FAQs — e mistura notebooks sugeridos com os pessoais, sem opção de removê-los. Para quem depende da mobilidade, essa falta de recursos torna a experiência bem menos atraente do que na web.
5. Falta de integração com outros serviços do Google
O NotebookLM já permite importar fontes do Google Docs, Slides, Drive (PDFs, textos e markdown) e até vídeos públicos do YouTube, o que reduz a necessidade de uploads manuais. Ainda assim, a integração não é completamente fluida: se o arquivo original no Drive for atualizado, o NotebookLM não sincroniza automaticamente, exigindo atualização manual dentro da plataforma. Além disso, falta conexão nativa com serviços como Gmail e Calendar, que poderiam ampliar significativamente o potencial da ferramenta. Em resumo, apesar dos avanços, a ausência de uma integração completa com o ecossistema Google segue sendo uma das principais fraquezas apontadas pelos usuários.
O NotebookLM tem recursos promissores, mas esses cinco pontos mostram que ainda há caminho a percorrer para que a ferramenta vire uma solução realmente indispensável.