**Battlefield 6 Aniquila Call of Duty: Black Ops 7 em Lançamento Histórico: O Rei dos Shooters Reinou em 2025?**

24/11/2025
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A tradicional “guerra anual” dos shooters de grande porte chegou, e o confronto de 2025 trouxe um cenário pouco previsível. De um lado, a máquina de lançamentos anuais da Activision; do outro, a tentativa de redenção da Electronic Arts. Para quem vem acompanhando as reações da comunidade, porém, o padrão é claro: Battlefield 6 não está apenas concorrendo com Call of Duty: Black Ops 7 — ele está entregando justamente o que o novo CoD deixou a desejar.

Enquanto Battlefield 6 vem sendo bastante elogiado pelo público, Black Ops 7 amarga notas de usuário baixíssimas no Metacritic e uma recepção igualmente negativa no Steam. Lançado cerca de um mês depois do rival, o jogo da Activision parece um soldado ferido em campo. Parte desse cenário se deve aos próprios tropeços de Black Ops 7 e aos acertos do concorrente. Nenhum dos dois, porém, gerou tanto barulho quanto Arc Raiders — ainda que esse seja um assunto à parte. Aqui, o foco é o duelo dos velhos rivais.

## Renovação x fórmula repetida

Call of Duty: Black Ops 7 sofre de uma espécie de “síndrome do mais do mesmo” por diferentes motivos. O jogo é polido, tem uma boa dose de diversão, mas se mostra excessivamente repetitivo em relação a Black Ops 6, lançado apenas um ano antes. A sensação de déjà vu é forte.

Já Battlefield 6 trouxe exatamente o frescor que o gênero e a própria franquia vinham precisando, principalmente após o tropeço de Battlefield 2042. A introdução de novas mecânicas, como arrastar corpos de aliados caídos e o sistema de inclinação dinâmica, não é mero detalhe: esses elementos influenciam diretamente o ritmo dos combates e tornam a jogabilidade mais envolvente. A impressão geral é de que estamos diante de um jogo realmente novo, e não de uma expansão de 2024 com skins futuristas.

Embora Battlefield 6 também aposte na já conhecida “guerra moderna”, assim como Call of Duty fez diversas vezes no passado, a execução é muito mais consistente do que o mundo futurista genérico apresentado em Black Ops 7 — uma temática da qual os jogadores vêm pedindo um certo descanso há tempos.

## Imersão como diferencial

Enquanto Call of Duty: Black Ops 7 insiste em um cenário futurista ambientado em 2035, que rapidamente se perde em skins chamativas e armas com aparência de brinquedos de neon, Battlefield 6 resgata uma estética militar mais “raiz”. Essa escolha visual agradou bastante ao público, especialmente quem busca a tensão de um conflito mais crível. Para esse perfil de jogador, a opção tem sido praticamente óbvia.

Esse contraste também aparece no gameplay. Battlefield 6 entrega uma experiência bem mais pé no chão, em oposição a Black Ops 7, que volta a recorrer a implantes que funcionam quase como “poderes” especiais para os soldados. A sensação de imersão no jogo da EA é nitidamente maior: gráficos e áudio trabalham juntos para reforçar o clima de guerra moderna “como nos velhos tempos” — e, principalmente, bem executada.

Esse conjunto faz com que Black Ops 7 acabe soando como um shooter genérico, o que é especialmente simbólico quando se considera que Call of Duty foi um dos maiores responsáveis por popularizar o gênero de guerra nos videogames.

## Campanhas em direções opostas

As campanhas solo já não são o foco principal de Battlefield e Call of Duty há alguns anos, com o multiplayer ganhando cada vez mais protagonismo. Mesmo assim, a diferença de tom entre as histórias de cada um dos novos títulos é gritante. De um lado, uma abordagem “arroz com feijão” que funciona; do outro, uma tentativa de inovar que descarrila completamente.

Battlefield 6 chega com uma campanha divertida, ainda que longe de ser memorável. O jogo apresenta diferentes personagens, uma boa variedade de cenários e uma narrativa bastante clichê — o que é quase inevitável nesse tipo de trama, ainda mais quando comparada a referências como Spec Ops: The Line. Apesar disso, o básico é bem feito.

Já Black Ops 7 “viaja” em uma história mirabolante. Sem entrar em detalhes para evitar spoilers, a impressão é de que a trama exagera a ponto de comprometer personagens emblemáticos da série Black Ops, vindos de uma época em que a franquia ainda acertava com bastante frequência nas campanhas. O resultado é uma narrativa que tenta ser diferente, mas acaba se perdendo.

## Termômetro da comunidade

Os números de jogadores e avaliações ajudam a ilustrar o impacto de cada lançamento. Call of Duty: Black Ops 7 atingiu um pico de cerca de 100 mil jogadores simultâneos, mesmo tendo estreado em uma sexta-feira — tradicionalmente um bom dia para grandes estreias. Já Battlefield 6 alcançou 747 mil jogadores ao mesmo tempo nos primeiros dias no Steam, ou seja, aproximadamente sete vezes mais do que o concorrente direto.

Arc Raiders também entra nessa equação: lançado em 30 de outubro, o título já registrou um pico de 481 mil jogadores logo de cara e, entre os três, é o que mais vem mantendo público diário de forma consistente. O foco em extração, aliado ao tom mais descontraído e ao uso de chat de proximidade, certamente ajuda a explicar esse desempenho.

Voltando aos dois rivais principais, a aceitação no Steam mostra uma diferença clara. Battlefield 6 tem 65% de avaliações positivas entre mais de 220 mil análises na plataforma. Esse índice já chegou perto dos 90%, mas caiu após a estreia da primeira temporada e da introdução de um modo battle royale gratuito, que acabou impactando negativamente os modos tradicionais do multiplayer.

Call of Duty: Black Ops 7, por sua vez, aparece com 43% de aprovação em apenas 1.400 reviews. O baixo volume de avaliações se explica tanto pelos poucos dias de lançamento quanto por um comportamento evidente: muitos jogadores simplesmente não se sentem motivados a registrar suas impressões por lá. No Metacritic, o contraste é ainda mais duro: Black Ops 7 tem nota 1,8 entre usuários, enquanto Battlefield 6 aparece com 6,8.

Mesmo com a queda de aprovação ao longo do tempo, Battlefield 6 chegou a ser bem mais bem recebido do que Black Ops 7 no lançamento. Vale lembrar ainda que o novo Call of Duty está disponível no Game Pass, ainda que em uma categoria mais cara, o que deve garantir uma base significativa de jogadores na plataforma — o título aparece entre os jogos em alta no momento. No entanto, não é possível visualizar as avaliações do público por lá, o que dificulta uma comparação mais ampla em relação à percepção dos usuários.

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