A inDrive lançou no Brasil a nova categoria Comfort, voltada a viagens com veículos de padrão superior e motoristas bem avaliados — mantendo o diferencial da plataforma: o preço não é fixo, mas definido por negociação direta entre passageiro e motorista.
A novidade, que já estreou em São Paulo, será expandida gradualmente nas próximas semanas para cidades selecionadas: Brasília (DF), Curitiba (PR), Boa Vista (RR), Recife (PE), Manaus (AM), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS), Uberaba (MG) e Governador Valadares (MG).
O funcionamento segue a lógica das demais categorias da inDrive: o usuário indica quanto quer pagar pela corrida e os motoristas podem apresentar contrapropostas. Assim que as partes concordam, a viagem é confirmada. A 99 oferece uma alternativa semelhante, chamada 99Negocia, que aparece como categoria separada no app.
Quais carros entram na Comfort?
A lista prioriza sedãs, SUVs e minivans — entre os exemplos citados estão Chevrolet Onix Plys (sedã), Citroën C4 Cactus e Volkswagen T‑Cross — e exige que os veículos tenham sido fabricados a partir de 2015. Modelos compactos como Renault Kwid, Renault Sandero, Fiat Mobi, Citroën C3, Hyundai HB20 (hatch) e Chevrolet Onix (hatch) ficam de fora. (A Chevrolet Cobalt é apontada entre os carros aceitos na categoria.)
Regras de conservação e atendimento
A inDrive pede que os veículos não apresentem amassados ou arranhões, com janelas e faróis intactos e carroceria limpa. O interior precisa estar limpo e sem odores, com ar‑condicionado em funcionamento e cintos de segurança sem defeitos. Além disso, recomenda que os motoristas sejam corteses, ajudem com bagagem, optem por músicas neutras e ajustem o ar‑condicionado para uma temperatura confortável, como forma de alcançar boas avaliações.
Contexto: críticas a preços altos na concorrência
O lançamento chega em um momento de reclamações sobre os preços praticados por Uber e 99 nas últimas semanas. O Procon Paulistano solicitou esclarecimentos das plataformas, alertando que “a imposição de preços desproporcionais, sem justificativa técnica ou econômica clara, pode caracterizar prática abusiva”. As empresas consultadas não detalharam os motivos para os valores acima do normal, e a época do ano é apontada como um possível fator. Segundo levantamento da empresa de tecnologia Gaudium, feito a pedido do Tecnoblog, as viagens ficaram, em média, 4,51% mais caras em dezembro de 2024 — um aumento que pode estar se repetindo em 2025.