## A Incrível História de Como a Ciência Modernizou a Origem do Superman
Todos conhecemos a saga do herói espacial: um planeta à beira da destruição, pais desesperados e um bebê enviado em uma jornada interestelar para encontrar um novo lar na Terra. Ao chegar, ele descobre poderes incríveis e se torna o Superman, um farol de esperança para a humanidade. Mas você sabia que essa história clássica passou por uma transformação surpreendente, impulsionada pela ciência?
No início, as histórias do Superman, nascidas em uma época com menos informação e conhecimento científico, se aventuravam em terras da fantasia sem se preocupar com a precisão científica. Mas os tempos mudaram. Os leitores ficaram mais exigentes, as histórias mais complexas e a busca por uma pitada de realismo se tornou essencial, mesmo nas narrativas mais fantásticas.
Para dar mais credibilidade à jornada interplanetária do Último Filho de Krypton, a DC Comics convidou ninguém menos que o renomado astrofísico Neil DeGrasse Tyson para colaborar na reformulação da origem do Superman durante o reboot Novos 52. A missão? Encontrar um lugar plausível para Krypton no universo e explicar como um bebê poderia viajar entre as estrelas sem envelhecer.
Tyson mergulhou de cabeça no projeto, calculando que Krypton deveria estar a cerca de 27 anos-luz da Terra. Para explicar a viagem do bebê Superman, ele propôs duas opções: uma jornada mais rápida que a luz ou a utilização de um buraco de minhoca, um atalho cósmico que encurta distâncias.
A solução final foi o buraco de minhoca. Em "Action Comics #14", o Superman visita o Planetário Hayden e, com a ajuda de Tyson, usa dados de telescópios do mundo todo para localizar Krypton. A cena culmina com o Homem de Aço testemunhando a destruição de seu planeta natal, cuja luz só agora alcançava a Terra.
Essa nova origem não apenas adicionou uma camada de realismo à história do Superman, mas também abriu novas possibilidades narrativas. Ao chegar instantaneamente à Terra através de um buraco de minhoca, o herói se conecta de forma mais profunda com a tragédia de Krypton, sentindo a perda de seu mundo natal em tempo real.
Embora não saibamos se essa revisão científica ainda é canônica, a colaboração entre a DC Comics e Neil DeGrasse Tyson serve como um exemplo inspirador de como a ciência pode enriquecer e aprofundar até mesmo as histórias mais fantásticas. Uma união que gostaríamos de ver mais vezes no mundo dos quadrinhos.