### Eletromobilidade Ganha Força no Brasil: Mais de 168 Mil Carros Elétricos Vendidos em 2025
A eletromobilidade já não é mais uma visão distante no Brasil, mas uma realidade consolidada no mercado automotivo. Até outubro de 2025, o país registrou 168.798 vendas de carros elétricos, um marco que reflete o avanço tecnológico, as estratégias das montadoras e a transformação nos hábitos dos consumidores. Nesse contexto global de expansão rápida, o Brasil emerge como um dos líderes na eletrificação veicular na América Latina, graças à maior variedade de modelos disponíveis, à adoção crescente e ao fortalecimento da rede de recarga.
#### Números que Revelam o Crescimento Acelerado
Os dados do mercado de carros elétricos pintam um quadro de expansão vigorosa tanto no mundo quanto no Brasil. Globalmente, 2024 marcou um recorde com cerca de 17 milhões de unidades vendidas, um aumento de 25% em comparação com o ano anterior. Isso elevou o total de veículos elétricos em circulação para mais de 58 milhões, provando que a tecnologia deixou o estágio experimental para se tornar parte essencial da frota mundial.
A participação dos veículos eletrificados — incluindo elétricos puros e híbridos — nas vendas totais de automóveis chega a 22%, enquanto representa 4,5% da frota global em circulação. Esses indicadores mostram uma mudança profunda, que afeta desde as cadeias de produção até as políticas públicas e os investimentos em infraestrutura.
No Brasil, os números de 2025 reforçam essa tendência. De janeiro a outubro, foram emplacadas 168.798 unidades de veículos elétricos, com um destaque para a preferência por tecnologias mais avançadas: 81,6% das vendas foram de modelos plug-in, contra 71% no ano anterior. Essa migração sinaliza uma adoção mais intensa da eletrificação completa.
A fatia dos eletrificados no mercado nacional também cresceu: em outubro de 2025, eles responderam por 8,6% das vendas totais de automóveis, superando os 6,4% do mesmo mês em 2024. Esse progresso contínuo transforma a eletromobilidade de uma opção isolada em uma escolha cada vez mais comum entre os compradores brasileiros.
#### Fatores que Impulsionam o Mercado Brasileiro
O Brasil lidera a América Latina na eletromobilidade, abrigando 61% de toda a frota de veículos eletrificados da região. Essa posição de destaque vai além do tamanho do mercado e resulta de uma combinação de elementos, como a ampla oferta de modelos, a presença de marcas internacionais consolidadas e um ecossistema mais receptivo a inovações em mobilidade elétrica.
Outro impulsionador é o alto interesse dos consumidores: uma pesquisa da PwC revela que 75% dos brasileiros pretendem comprar um veículo elétrico nos próximos cinco anos, superando a média global de 62%. Essa intenção elevada diferencia o país não só da América Latina, mas também de mercados mais desenvolvidos.
A infraestrutura de recarga é outro pilar fundamental. Entre 2020 e 2025, o número de pontos públicos e semipúblicos no Brasil explodiu de 350 para 16.880, facilitando o uso diário em áreas urbanas e rodovias. Essa expansão derruba uma das maiores barreiras à adoção e coloca o Brasil à frente de vizinhos onde o desenvolvimento ainda é mais gradual.
#### O Líder de Vendas e a Diversificação do Mercado
No topo das vendas em 2025 está o BYD Dolphin Mini, que emplacou mais de 2.600 unidades por mês. Esse hatch compacto elétrico conquista o público com eficiência, baixo custo de manutenção, tecnologia avançada e design prático, perfeito para o dia a dia nas cidades. Seu sucesso marca a entrada da eletromobilidade no segmento acessível, democratizando o acesso à tecnologia.
Além do líder, modelos como o BYD Dolphin e o Yuan Pro ampliam as opções em diferentes preços e usos. No nicho de híbridos plug-in, crescem forte com o GWM Haval H6, o Toyota Corolla Cross e o BYD Song Plus, atendendo desde motoristas urbanos até famílias em busca de maior autonomia.
As montadoras competem com afinco: BYD e GWM investem em portfólios expandidos e operações locais, enquanto Toyota, Chevrolet, Renault, Volvo e Stellantis ajustam suas linhas para acompanhar a transição elétrica. Essa dinâmica diversificada garante que o crescimento seja sustentável e acessível a mais perfis de consumidores.