Premier League Consegue Ordem Judicial nos EUA para Identificar Operadores de Sites de Transmissão Pirata

30/12/2025
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(ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Premier League obteve uma ordem judicial nos Estados Unidos que obriga a Cloudflare a fornecer dados de operadores de dezenas de sites que transmitem partidas da competição de forma ilegal. A decisão, noticiada por veículos especializados, foi tomada com base em uma intimação emitida sob a lei americana de direitos autorais (DMCA).

A determinação exige que a Cloudflare entregue informações cadastrais ligadas aos domínios investigados, incluindo nomes completos, endereços, e‑mails, números de telefone, dados de pagamento e registros de IP usados na administração das contas. A empresa atua como provedora de infraestrutura de rede para milhões de sites ao redor do mundo.

Entre os alvos listados na intimação há diversos domínios conhecidos por retransmitir jogos da Premier League sem licença. A lista inclui, entre outros:

- hesgoal.watch

- ronaldo7.me

- futemax.la

- pirlotvenvivo.club (alvo de redirecionamento do pelotalibrevivo.net)

- 247sport.org

- bingsport.site

- 4k-yalla-shoot.info (redireciona para yallashootspro.com e 3arabsports.net)

- antenasport.org

- deporte-libre.click

- dooball345.com (redireciona para dooball345s.com e dooball345x.com)

- goaldaddyth.com

- librefutboltv.su

- livesports088.com (redireciona para keelalive52.com)

- ovogoaal.com

- rbtvplus17.help (redireciona para fctv33.work)

Com esses dados em mãos, a liga pretende avançar contra os responsáveis pelos sites por meio de ações judiciais diretas. A Premier League ressalta que, mesmo quando oferecem acesso gratuito aos jogos, essas plataformas costumam gerar receita por publicidade e esquemas de redirecionamento, o que representa impacto nas receitas da competição.

A iniciativa faz parte da estratégia da liga para proteger seus direitos de transmissão, principal fonte de receita. A proliferação de serviços de IPTV e de sites gratuitos de streaming é apontada como a maior ameaça ao modelo de negócio que sustenta a venda desses direitos. Diferentemente das medidas que bloqueiam IPs em tempo real em parceria com provedores de internet, a ação nos EUA busca responsabilizar a infraestrutura e os operadores por trás das transmissões piratas.

Até o momento, a Cloudflare não comentou publicamente sobre a intimação específica, embora a empresa costume cumprir ordens judiciais e repassar dados cadastrais de clientes denunciados.

No Brasil, o enfrentamento à pirataria digital também avança por meio da Operação 404, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A oitava fase da operação, realizada neste ano, resultou no bloqueio ou suspensão de 535 sites e de um aplicativo de streaming ilegal. A iniciativa contou com a participação de Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Reino Unido; Estados Unidos e México acompanham como observadores interessados na metodologia adotada pelo Brasil para combater a pirataria digital.

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