Se você achava que o uso de IA nos games se resumisse a chavões de marketing para vender upscalers e geradores de frames, a Lenovo parece disposta a provar o contrário com a nova geração dos seus notebooks Legion. Um vazamento aponta que a fabricante pretende integrar seus chips de IA próprios às futuras CPUs AMD Ryzen AI 400, com o objetivo de otimizar o aproveitamento do hardware e extrair desempenho adicional.
O ponto central dessa estratégia é o aprimoramento do Lenovo AI Engine+, o ecossistema proprietário que conta com chips dedicados da série LA capazes de se comunicar diretamente com o restante do hardware. A ideia é que, ao trabalhar em conjunto com as novas NPUs da AMD, o sistema antecipe cargas de trabalho e ajuste frequências e curvas de ventoinha em tempo real com precisão cirúrgica, ganhando desempenho extra sem forçar as fans ao máximo.
Entre os processadores citados no vazamento, o destaque é o Ryzen AI 9 HX 470, baseado na arquitetura "Gorgon Point" (Zen 5): trata-se de um chip com 12 núcleos e 24 threads, acompanhado pela iGPU Radeon 890M baseada em RDNA 3.5. Logo abaixo na linha estaria o Ryzen AI 9 465, com 10 núcleos, posicionado como uma opção de “custo-benefício” premium para quem busca desempenho sem pagar tanto.
O vazamento também menciona uma versão dos Legion equipada com o Ryzen 7 250, um processador Zen 4 — basicamente um Ryzen 7000 com nova nomenclatura — com 8 núcleos e 16 threads, frequência de até 5,1 GHz e 16 MB de cache L3, caracterizando-se como menos potente que os modelos citados acima.
A combinação entre os Ryzen AI 400 e as otimizações do Legion AI Engine+ deve ser apresentada durante a CES 2026, que acontece em uma semana, junto a outras propostas de notebooks que também já surgiram em vazamentos.
