Pense em alguém com desempenho excepcional: um atleta, um escritor, um cientista ou um artista. É comum presumir que essa pessoa alcançou o nível que tem hoje porque começou muito cedo — uma ideia que parece natural diante de tantos casos notáveis.
Essa crença é frequentemente alimentada por narrativas midiáticas: documentários e programas de TV costumam revisitar a trajetória de famosos, destacando episódios da infância e adolescência que sugerem um início precoce e dedicado. Essas histórias acabam reforçando a impressão de que o sucesso exige um começo precoce e contínuo.
Ao observar esse tipo de narrativa, é fácil entender por que a associação entre talento e início precoce se perpetua. A repetição dessas histórias em meios de comunicação faz com que o público veja esse caminho como quase automático quando se fala em excelência.