Meta Aponta para o Futuro: Avocado o Projeto que Pode Revolucionar a Inteligência Artificial

11/12/2025
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Mark Zuckerberg assumiu pessoalmente a condução de uma nova fase na Meta, centrada em um modelo de inteligência artificial com foco em gerar receitas e potencial para reposicionar a empresa no mercado. A mudança foi acelerada pelo desempenho aquém do esperado do Llama 4, modelo de código aberto que não correspondeu às expectativas no Vale do Silício.

O projeto, batizado internamente de Avocado, deve ser lançado na primavera do hemisfério norte e seguirá um formato “fechado”, que permitirá à Meta controlar o acesso e comercializar o uso do modelo — estratégia similar à adotada por concorrentes como Google e OpenAI.

Integração de tecnologias globais no treinamento

Para treinar o Avocado, a Meta está usando também modelos de terceiros, entre eles o Gemma (Google), o gpt-oss (OpenAI) e o Qwen (Alibaba). A intenção é combinar elementos de diferentes tecnologias para obter um sistema competitivo e mais seguro. O treinamento contempla dados e abordagens de modelos de várias regiões, incluindo China, Estados Unidos e Europa.

Liderança e estrutura do projeto

Alexandr Wang, novo diretor de IA da Meta, defende a estratégia de modelos fechados e se tornou peça-chave do projeto. Wang recebe orientações diretas de Zuckerberg e coordena a equipe do TBD Lab, criada especificamente para desenvolver o Avocado. Fontes internas descrevem essa equipe como uma das mais caras já montadas na história da tecnologia, com investimentos previstos de até US$ 600 bilhões (cerca de R$ 3,2 trilhões) nos próximos três anos.

Repriorização, cortes e repercussões internas

A ênfase em IA levou a uma revisão contínua das prioridades da empresa, com o foco deslocando-se do metaverso e da realidade virtual para projetos de inteligência artificial. Esse reposicionamento implicou cortes em áreas como a divisão acadêmica FAIR e provocou a saída de nomes de destaque, incluindo Yann LeCun, conhecido defensor do código aberto. A Meta também orientou membros das equipes a restringir comentários públicos sobre o Llama e sobre código aberto, consolidando a nova diretriz corporativa.

Concorrência e produtos ofuscados

No mercado, lançamentos recentes enfrentaram forte competição: ferramentas como o Vibes, da Midjourney, tiveram seus lançamentos ofuscados por rivais, citando-se o Sora 2, da OpenAI, como exemplo de concorrência direta.

Superinteligência e preocupações públicas

A empresa busca desenvolver sistemas com capacidades superiores às humanas — a chamada “superinteligência” — o que reacende debates sobre segurança, limites e regulação. Figuras públicas como Steve Wozniak e Richard Branson já pediram mais cautela antes de avanços mais radicais nessa direção. Internamente, a Meta avaliou como comunicar esses conceitos a legisladores e reguladores, identificando receios sobre um possível poder descontrolado da IA, especialmente na Europa.

Virada estratégica

O avanço do Avocado simboliza uma guinada estratégica da Meta: a empresa se afasta parcialmente do modelo de código aberto e abraça uma abordagem fechada, com potencial de gerar lucro e reposicionar a companhia na corrida global pela inteligência artificial.

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