**2025: A Vibração Sonora Que Marcou o Ano e Conquistou Crítica e Público**

10/12/2025
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Fãs de música não têm do que reclamar em 2025. Do rock alternativo ao reggaeton, artistas como Hayley Williams, Rosalía e Bad Bunny dominaram as conversas com alguns dos melhores discos do ano, agradando tanto o público quanto a crítica. Com base na lista do Metacritic, reunimos os 15 álbuns mais bem avaliados de 2025.

1. LUX — Rosalía

Rosalía sacudiu expectativas com LUX, um álbum de 12 faixas em que a cantora espanhola explora figuras santas de diversas religiões. As produções chamaram a atenção até de quem não acompanha seu trabalho anterior. Com 97/100 no Metacritic, LUX foi elogiado por sua capacidade de envolver sem exigir compreensão completa do que está sendo contado: “Na verdade, você não precisa saber o que está acontecendo para achar LUX uma experiência verdadeiramente envolvente e cativante”, escreveu Alex Petridis no The Guardian. A publicação também sugeriu que o álbum tem tudo para figurar entre os melhores do Grammy 2027.

2. DeBí Tirar Más FOToS — Bad Bunny

Lançado em 5 de janeiro de 2025, o álbum de Bad Bunny, inteiramente em espanhol, funcionou também como um gesto político em meio a sanções de Donald Trump contra estrangeiros. Foi o álbum mais ouvido do ano no Spotify, além de devolver a Bad Bunny o posto de artista mais escutado na plataforma em 2025, com 19,8 bilhões de reproduções no catálogo. Críticos destacaram o domínio do artista sobre uma variedade de ritmos — da rumba ao reggaeton — e o elogiaram como um ápice de grandeza criativa. Maya Georgi, na Rolling Stone, avaliou o disco com 100/100.

3. Baby — Dijon

No segundo álbum de estúdio, Dijon trabalhou com colaboradores como BJ Burton, Henry Kwapis, Tommy King, Tobias Jesso Jr., Mk.gee e Andrew Sarlo. Baby foi celebrado por suas letras viscerais que tratam de sexo, família, inseguranças e as incertezas da vida adulta, tudo mesclado a elementos de jazz, funk, R&B e rap. Ivy Nelson, na Pitchfork, destacou a ênfase do disco no próprio processo criativo e avaliou o trabalho em 90/100.

4. Ego Death at a Bachelorette Party — Hayley Williams

A vocalista do Paramore lançou um projeto que chamou atenção pela estratégia inicial: disponibilizar as faixas em seu site oficial, para que os ouvintes as ouvissem na ordem que preferissem, antes do lançamento nas plataformas tradicionais. O álbum, que ocupa o quarto lugar entre os melhores de 2025, foi descrito como uma catarse musical sobre padrões traumáticos, depressão, amor e perda. Ali Shutler, na NME, avaliou o disco em 100/100, elogiando a sagacidade e a honestidade das letras.

5. Glutton for Punishment — Heartworms

Primeiro álbum de estúdio da banda inglesa Heartworms, liderada por Jojo Orme, Glutton for Punishment foi apontado como essencial para quem aprecia rock alternativo. O disco foi elogiado por suas produções únicas e por evidenciar as diversas influências que compõem a sonoridade da banda, numa mistura que demonstrou maturidade e promessa de reconhecimento crescente.

6. private music — Deftones

O décimo álbum do Deftones — primeiro em cinco anos e o primeiro com o baixista Fred Sablan — contou com produção de Nick Raskulinecz. private music foi descrito como um dos melhores trabalhos da década, por equilibrar a brutalidade do metal alternativo com atmosferas etéreas de shoegaze. A Kerrang! avaliou o disco com 100/100, afirmando que ele supera as limitações do antecessor.

7. Sad And Beautiful World — Mavis Staples

Este álbum de covers e interpretações de Mavis Staples traz canções que reconhecem a tristeza do mundo sem perder a fé na humanidade. Produzido por Brad Cook, o trabalho privilegia a organicidade da voz grave de Staples. Embora a cantora tenha tentado se aposentar em 2023, ela afirmou que ainda tinha algo a oferecer — e, aos 86 anos, o disco foi recebido como um presente, segundo a crítica do At The Barrier.

8. Constant Noise — Benefits

O segundo álbum da dupla Benefits (Kingsley Hall e Robbie Major) mistura pós-punk com ambient, eletrorock, metal e krautrock, sustentando vocais em spoken word carregados de raiva e crítica social. Criticado como denso e perturbador, Constant Noise aborda esgotamento mental e a toxicidade das redes sociais, sendo elogiado por sua intensidade e honestidade sonora. The Line of Best Fit destacou o equilíbrio entre fúria e sutileza do trabalho.

9. Glory — Perfume Genius

Escrito durante a pandemia de COVID-19, Glory, quinto álbum da carreira, foi elogiado por caminhar rumo a um otimismo cauteloso, mesmo com letras densas. Mike Hadreas, vocalista do Perfume Genius, comentou à Rolling Stone sobre a tentativa de enfrentar medos e se envolver mais na vida e nas relações. O disco foi bem recebido pela crítica especializada.

10. Blizzard — Dove Ellis

Gravado entre Londres e Liverpool e autoproduzido, Blizzard surgiu de um período pessoal difícil do compositor irlandês Dove Ellis e foi moldado enquanto ele abria shows da banda Geese. Lançado em 5 de dezembro de 2025, o disco foi celebrado como uma estreia que mistura sophisti-pop e folk com vocais frequentemente comparados a Jeff Buckley e Rufus Wainwright. The Guardian avaliou o álbum com 100/100.

11. LSD — Cardiacs

LSD carrega uma história marcada pela tragédia: originalmente previsto para 2008, o álbum só foi lançado em setembro de 2025 após quase duas décadas, em parte devido ao ataque cardíaco que deixou o líder Tim Smith paralisado e à sua morte em 2020. O projeto foi completado postumamente por membros e colaboradores, seguindo as orientações deixadas por Smith. A crítica saudou a obra como uma conclusão triunfante que preserva a complexidade caótica do “pronk” (punk progressivo) da banda; a SputnikMusic avaliou o álbum com 100/100.

12. Getting Killed — Geese

Lançado em 26 de setembro de 2025 e produzido com Kenny Beats, Getting Killed representa uma evolução do som do Geese, afastando-se de referências retrô para abraçar um caos controlado que mistura art-rock, post-punk e experimentalismo. O disco equilibra letras surreais e apocalípticas com melodias sofisticadas e performances instrumentais intensas, sendo descrito pela NME como uma trilha sonora ansiosa e bela para tempos absurdos.

13. The Passionate Ones — Nourish By Time

Segundo álbum de Marcus Brown, que assina o projeto como Nourish By Time, The Passionate Ones foi considerado o 13º melhor álbum de 2025. A crítica destacou a continuidade dos sintetizadores e a expansão do escopo presente no trabalho anterior (Erotic Probiotic 2), abrangendo uma gama de raiva e romance. A Paste Magazine avaliou o disco em 92/100. O álbum traz colaborações, entre elas com o rapper Tony Bontana, e trata de decadência emocional, crítica social e consumismo.

14. Antidepressants — Suede

Antidepressants é o segundo volume de uma trilogia estética em preto e branco iniciada por Autofiction. Definido pela banda como um trabalho entre pós-punk e rock gótico, o álbum recebeu 89/100 na média geral e foi descrito como um grande trabalho na carreira do Suede. A crítica observou que as 11 faixas fluem como partes de uma narrativa e que o disco parecia algo que a banda ansiava fazer há anos. O vocalista Brett Anderson adiantou que o terceiro volume da trilogia tende a ser mais experimental e está previsto para 2026.

15. New Threats From The Soul — Ryan Davis & The Roadhouse Band

Fechando a lista, New Threats From The Soul é o segundo álbum do grupo liderado por Ryan Davis. Com apenas sete faixas que somam quase uma hora, o trabalho se destaca por composições extensas — algumas ultrapassando 11 minutos — e pela habilidade de posicionar Davis entre os principais musicistas de sua geração. O disco sucede Dancing on The Edge e foi apontado como parte de um movimento que aprofunda e revitaliza o Americana.

E você, qual foi o melhor álbum de 2025 na sua opinião? Seu artista favorito entrou nessa lista? Conte pra gente nos comentários.

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