Masayoshi Son, CEO do SoftBank, voltou a provocar debate sobre o futuro da inteligência artificial ao afirmar, durante um encontro em Seul com o presidente sul-coreano Lee Jae-myung, que uma superinteligência poderia deixar os humanos em uma posição equivalente à de “peixes”. Segundo Son, a chamada Artificial Superintelligence (ASI) poderia atingir um nível de capacidade intelectual “10 mil vezes superior” ao humano.
A declaração ganha relevância pelo histórico do SoftBank como um dos maiores investidores da OpenAI e reacende discussões globais sobre os limites, os riscos e os potenciais dessa tecnologia.
Comparação entre humanos e animais de estimação
No encontro, Son traçou um paralelo entre a relação futura entre humanos e uma IA extremamente avançada e o vínculo que hoje mantemos com animais de estimação. Para ele, a diferença de inteligência seria tão grande quanto a existente entre uma pessoa e um peixe dourado em um aquário. O executivo também afirmou que essa ASI não teria interesse em prejudicar os humanos por motivos biológicos, dizendo que não haveria “necessidade de nos comer”, já que tais sistemas não dependem de proteína ou processos biológicos.
Lee Jae-myung reagiu em tom descontraído, admitindo estar “um pouco preocupado” e perguntando se uma super-IA poderia até ganhar o Prêmio Nobel de Literatura — possibilidade que Son disse acreditar ser factível.
O debate sobre AGI e ASI
Embora muitos cientistas considerem a superinteligência ainda distante, o setor considera plausível um passo intermediário: a chegada da Inteligência Artificial Geral (AGI), capaz de superar humanos na maioria das tarefas. Especialistas ouvidos no debate global sugerem que essa etapa poderia surgir dentro de uma década, abrindo caminho para sistemas ainda mais complexos — cenário que alimenta tanto o otimismo quanto as advertências feitas pelo SoftBank.